segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Vá para fora cá dentro...






Baltazar, além de ser um dos reis magos, também era uma menino muito atrevido. Baltazar desde muito jovem ouvia histórias de como as coisas eram bonitas “lá fora”, e que “lá fora” havia isto e aquilo, e às vezes chegava a haver coisas que nem ele conseguia bem imaginar. Baltazar vivia num bairro de uma cidade portuguesa, e as fronteiras da sua cidade, tornavam-se as fronteiras da sua vida. Não porque Baltazar estivesse preso, ou porque não tivesse oportunidade, mas ele sentia que o grande conhecimento seria adquirido na viagem que preparava “lá fora”, e que o seu país pouco ou nada tinha a acrescentar. Um dia decidiu viajar, fez a sua malinha e pôs-se a caminho. Conheceu várias pessoas. Elas tinham algo em comum, algo que para Baltazar foi muito surpreendente. Pávlina, uma checa de meia idade, deliciava-se ao partilhar as lembranças de umas belas férias que tinha tido com o seu marido na Nazaré. Margaret, irlandesa com raízes muito católicas, sonhava um dia poder visitar Fátima, e questiona Baltazar acerca do santuário. Norman, um surfista alemão, tinha percorrido toda a costa alentejana, e era com emoção que recordava as belas praias, a boa gastronomia e o bom receber e simpatia de todos os que teve o prazer de contactar. Žarko um croata amante de futebol, um dia acompanhou a sua equipa ao campo do Sp. Braga, e ficou encantado com a verdura do Minho, com a tradição e história presente naquela cidade. “Adiei o meu voo e fiquei mais uma semana” dizia Žarko. Baltazar estava incrédulo com a quantidade de pessoas que conheciam diferentes cantos do seu país, mas infelizmente Baltazar nunca teve resposta para eles...porque as fronteiras do seu país coincidiam com as da sua cidade.

É caso para dizer...pois é Baltazar, Portugal tem muito para dar!






Ao longo dos seus 92.391 km² Portugal oferece uma variedade de sabores e tradições, gentes e costumes, entre planícies e montanhas, praias e ribeiras, ilhas e encostas.






Defendendo que devemos conhecer primeiro o que é nosso, e perante a a escolha que temos a poucos quilómetros de distância, decidi dedicar (mais) algum tempo a rever ou a conhecer algumas paisagens, deliciar-me com os nossos sabores, sorrir com a nossa gente. O último fim de semana foi dedicado à beira interior. Além do ar puro, do sol forte da manhã e do frio que cai com a noite, as belas paisagens cruzadas com as vilas e aldeias, cheias de história, são um belo tema de conversa para começar um serão, numa boa mesa de madeira, cerca da lareira, recheada com queijo e presunto serrano, uma travessa de cabrito ou vitela, tudo bem regadinho com um bom vinho local. Para sobremesa...peça o doce da terra, pois nas beiras, cidade ou vila que se preze, tem sempre um doce tradicional para defender.

Com isto tudo, vou jantar que a água já nasce na boca!


PS: Obrigado pela companhia!




7 comentários:

Anónimo disse...

Tenho de confessar que quando vi a pagina do blog pensei.. "O amadeu com um blog!!"
Mas a cada paragrafo que ia lendo me ia apercebendo que de facto era a tua cara... Que a tua irreverencia, alegria, boa dispositção, coragem, sentido de humor, sentido de justiça continuem a contribuir para que a tua vida seja preenchida de boas experiências... e claro para que através das escrita as partilhes com os amigos.. continua...
Beijo SM

Anónimo disse...

Portugal no seu melhor!
Em referência às últimas fotos:
o verdadeiro marketing tuga, the one!!! 'Tamos lá!

Anónimo disse...

Ataum que benha 1 garrafão e uma xandes de cabrito! No fim um doche da tia Arlinda.Ahahah

Anónimo disse...

'boaz' devo confessar que fiquei com agua na boca,por acaso esta na 'horinha' de ir comer.
sem mais aproveito para te dizer que tens tirado umas belas fotografias, para nao falar no textos que como se fossem divinos se apoderam de nos...
e com saudade me despeco com 'akele abraco maphioso'

Grilu disse...

grande amadeu

acabei de tomar conhecimento do te blog e saludo-te pela eloquência na escrita e pelo gosto na fotografia.
grande ideia eu tambem devia fazer o mesmo, se escrevesse sobre as viagens que fiz garantia um registro das experiências que vivi, e isso é precioso.
em julho quando tive na china escrevi um diário da viagem que chegava a descrever cores, gostos, cheiros e outras percepções.
quando o mostrei a um amigo é que me apercebi do valor desse trabalho, pois ele ficou impressionado e ficou a saber um pouco mais sobre a china.
força primo pode ser que eu tambem contribua para este blog com algumas historias.

abraço.

Pedro Silva disse...

O Douro é a minha casa ( Tirando a que construí cá em Aveiro, com a minha segunda família, vá.. ), sempre que la fores diz qq coisa que já sabes, tou sempre à disposição, quanto mais não seja para te ir cravar um fininho à Régua, ou um copito de vinho do Porto. Grandes terras, bonita cidade cidade.
Um Grande Abraço

Anónimo disse...

Olha k belo fim-de-semana...Tantos ti's (ti manel mouco, ti tónio) que conhecemos...temos de voltar lá e voltar a beber o belo binhinho do porto!aaaahhh...k categoria...nakele copo k nunca foi lavado na vida ainda sabe melhor!!he he