terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lima

Acordo com o mesmo ruído de fundo que adormeci.. os som dos carros a buzinar!
É impressionante o parque automóvel desta cidade. E ainda mais impressionante é pensar que 80% são taxis. Saio há descoberta pela porta do Hotel Gran Bolivar e estou em pleno centro histórico de Lima, na Plaza St. Martin. No centro a estátua de José de St. Martin, grande impulsionador da independência peruana. Curiosamente, hoje estão-se a fazer os preparativos dos festejos da independência que se celebra amanhã, dia 28 de Julho. O que por um lado é positivo, pois a cidade está mais limpa, enfeitada e arrumada, torna-se negativo na porta da Catedral de Lima, pois encontra-se encerrada para preparação da missa. A Catedral encontra-se na Plaza Mayor, sem dúvida, um oásis neste deserto arquitectónico que se estende pelos arredores da cidade. Considerada pela Unesco como património Mundial, era o centro da antiga cidade colonial. Além da catedral, encontra-se aqui o Palácio do Governo e do Munícipio que cercam uma fonte em bronze que fica bem no centro da Plaza, que é o monumento mais antigo por sinal.






Entro numa outra igreja, a Iglesia de San Pedro. Parei um pouco, respirei fundo, reflecti, observei. O culto da igreja continua com muito forte presença por toda a América Latina. No Perú não é excepção. Várias pessoas rezam pedindo a Deus e aos seus santos por um dia melhor, outras enchem os confessionários pedindo perdão por dias e actos menos bons. Eu, limito-me a viver o meu dia, e como uma das coisas mais importantes da vida é a amizade está na hora de ir receber o Zé que chega directo do Rio de Janeiro (inveja..ehehhhe).



É estranho dar de caras com um amigo a mais de 1000Km de distância, mas no bom sentido. Venha de lá esse abraço que temos o munco Inca à nossa espera. Visitámos a Igreja de S. Fancisco e as catacumbas onde estão enterradas milhares de caveiras e ossadas humanas. Era o antigo cemitério da cidade.



Com 20 soles pagamos o táxi até Miraflores, parte moderna da cidade cheia de shoppings, teatros, escritórios, etc. Nada disto me fazia mover tão longe, além do Parque Kennedy e as esplanadas em redor, algo mais grandioso nos esperava no final da avenida..e como Magalhães o baptizou, assim ele se apresenta calmo e sereno, em tons de azul escuro devido ao céu nublado de Lima, mas com a imponência e respeito de ser o maior entre os maiores. Cheira a mar e o vento traz notícias de terras longínquas com as ondas a anunciar a sua chegada a costa. E que bem que sabe especialmente com esta vista mirar até bem longe este maravilhoso Pacífico. Num parque bem no topo da encosta encontramos um parque que pretende ter um ar do parque Guell em Barcelona. Designado por parque del Amor faz jus ao nome pelas esculturas e frases escritas que tem e pelos namorados que se encontram em cada banco procurando a melhor vista, que poucos parques no mundo se podem gabar. E com um olhar mais atento, como que a dar as boas vindas à minha primeira visita ao Pacífico, descubro um grupo de golfinhos que se divertem e curtem uma de ondas. O resto do dia foi para aproveitar as gastronomias e festas nacionais, entre elas não podia faltar uma parrillada e uns bons pisco sour, a verdadeira bebida peruana. Quando voltamos ao hotel descobrimos que dentro de 3 horas tinhamos de abalar...está na hora de subir aos Andes.








PS:Ainda bem que a minha estadia em Lima não durou muito tempo..acho que em breve me ir dar mal por estas bandas...

1 comentário:

Eskilo disse...

Eles estavam à tua espera, tiveste sorte que não te viram!!
Eheheh!!!